Por Lucas Sobreira
Coleta seletiva no campus III - Juazeiro- BA |
A coleta seletiva de lixo no Brasil ainda é deficiente. São poucos os
municípios brasileiros que fazem esse tipo de arrecadação. De acordo com a
Pesquisa Compromisso Empresarial para Reciclagem, do instituto Ciclosoft,
apenas 14% dos 5.565 municípios brasileiros contam com o serviço
estruturado.
No ambiente universitário o tema deveria ser abordado com mais
frequência, mas isso não acontece. Na Universidade do Estado da Bahia, em
Juazeiro, por exemplo, alunos desconhecem o destino dos resíduos depositados em
lixeiras seletivas.
A estudante de jornalismo, Brena Souza, acredita que só seguir as
recomendações não adianta. "Eu uso as lixeira seletivas na Uneb. A questão
é que eu não sei se esse lixo na hora que ele é recolhido de fato é
reciclado", afirma a estudante.
Brena Souza, estudante de jornalismo |
Outro fator relevante tem a ver com o deposito de lixo em vários espaços
do campus universitário. O local é inadequado e causa impactos para o meio
ambiente. Isso contribui na falta de consciência ambiental por parte dos
estudantes, funcionários e professores e de forma negativa agrava a situação.
A estudante de pedagogia Daiana da Silva reflete sobre essa questão.
"Aqui no curso de pedagogia os alunos não têm consciência disso, não só
não jogam no depósito de lixo como preferem jogar no chão. É muito lixo jogado
no chão, tendo a lixeira. Deveria ter mais discussão sobre o assunto na
universidade".
Para a diretora da instituição, Márcia Guena, medidas já foram tomadas
para solucionar esse problema. "A direção montou uma comissão em parceria
com a associação de catadores de Juazeiro e está fazendo a coleta seletiva,
principalmente o papel. Não temos grandes volumes de outros resíduos". Ela
admite alguns problemas nas coleta seletiva do lixo. "Os catadores não
estão pegando os outros materiais, então vai para o lixo normal, temos uma
carência na ponta", afirma Guena.
Pauta: Christyanne Caldas
Produção:
Etelvir dos Santos, Jorge Luis e Christyanne Caldas
Texto: Lucas
Sobreira
Fotografia: Christyanne
Caldas e Jorge Luis
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