sábado, 5 de setembro de 2015

HIV não é sentença de morte

Por: Monique Marques e Elaine da Silva
Fotografia: Beatriz Souza
Vinte e oito anos após os primeiros casos de HIV em Juazeiro-BA, novos dados revelados pelo Centro de Informações em DST/ HIV/ Aids (CIDHA), registraram que 48 casos desde o início de 2015, já foram notificados. Esse aumento é entre jovens e adultos com idade entre 20 e 30 anos. O levantamento aponta um número crescente de mulheres infectadas, atualmente a cada três pessoas contaminadas, uma é mulher. 
A melhor prevenção contra o HIV, ainda é a camisinha
De acordo com a coordenadora do CIDHA, Zilene Alves, a maioria desses casos acontecem entre mulheres heterossexuais, quando o parceiro não quer usar a camisinha, por confiar na fidelidade do companheiro. Para Zilene, a prevenção é a melhor forma de frear o contágio da DST, através do uso do preservativo durante as relações sexuais, sejam elas vaginais, anais ou orais, assim como não se devem compartilhar seringas. "O problema que cerca essa falta de prudência está relacionado, em grande parte, às atitudes. Ter uma “atitude de risco” aumenta muito as chances de alguém contrair o vírus causador da aids", afirma a coordenadora. 
Uma das preocupações do CIDHA é o diagnóstico tardio, pois pode levar à morte. O diagnóstico e o tratamento precoce ajudam não só a melhorar a vida do paciente soropositivo, como diminui as chances da infecção vertical, que é a transmissão do vírus HIV passada da mãe para filho, na gestação ou durante o parto. Após receber um e-mail anônimo em 2007, o estudante de jornalismo, Juliano Ferreira, passou a suspeitar de que era portador do vírus HIV. O conteúdo da mensagem que foi enviada à vários destinatários, alertava-os da possibilidade de contaminação, aconselhando a fazerem o exame. "Apenas em 2009 fiz o exame, confirmando que sou soropositivo, desde então comecei o meu tratamento no CIDHA, e eles me fornecem todo um suporte farmacêutico, além de acompanhamento psicológico, assistente social, tratamento odontológico, bem como todos os exames básicos do Serviço Único de Saúde (SUS)”. 
Centro de Informações em DST/ HIV/ AIDS - (CIDHA)
Depois do aparecimento dos medicamentos antirretrovirais ou coquetel, a Aids passou a ser considerada uma doença crônica sem cura, mas que pode ser controlada. Apesar disso, nenhum coquetel combate à transmissão ao HIV. Juliano relata que, após a descoberta do vírus, e por mais que saiba que a doença ainda não tem cura, o CIDHA tem oferecido um grande suporte, pois o foco é tratar o paciente para que tenha uma qualidade de vida. Um novo exame que identifica em minutos se a pessoa está contaminada com o vírus do HIV, está disponível na rede pública de saúde, este método coleta fluído oral, mais especificamente na gengiva do paciente utilizando uma haste com algodão na ponta, não precisa ser realizado em laboratórios, possui a mesma confiabilidade do teste feito com amostra de sangue e tem sido oferecido gratuitamente. O propósito é estimular com que mais pessoas façam o exame de HIV. 
O Centro de Informações em DST/ HIV/ AIDS, (CIDHA) da cidade de Juazeiro – BA, funciona das 8h às 13h, de segunda a quinta-feira, e está localizado na Avenida Carmela Dutra -700, no bairro Angari, oferecendo serviços para a população, como distribuição de medicamentos para doenças sexualmente transmissíveis, hepatites, preservativos masculinos e femininos, além da realização de exames de sorologia para hepatite, HIV e sífilis.
Pauta: Vanessa Luz
Produção: Elaine da Silva
                 Vanessa Luz
                 Beatriz Souza
                 Monique Marques

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