segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Alunos de jornalismo promovem "roda viva" com secretário de comunicação da prefeitura de Juazeiro-BA


Texto: Augusto Jackson e Taiza Felisberto
Fotos: Clau Marques


O jornalista e secretário de comunicação da prefeitura de Juazeiro, Fernando Veloso, fala sobre as projetos de trabalhos, relatos da sua vida e carreira profissional   entre outros assuntos envolvendo políticas.  Veloso atua a mais de 30 anos na área de comunicação social, passando por vários veículos de comunicação como Diário de Pernambuco, além de possuir experiência na área de publicidade e propaganda.
 Veja na entrevista a seguir, concedida para a terceira versão do Mídia@uneb, da Universidade do Estado da Bahia, no campus de Juazeiro, organizado pelos alunos do curso de Jornalismo em Multimeios e coordenado pela professora Teresa Leonel. O Mídia@uneb tem um formato que imita o programa Roda Viva, da TV Cultura, com a proposta de colocar em prática o que os alunos aprendem na teoria, desenvolvidas nas disciplina de Jornalismo Online e Administração de Empresa Jornalística.


P-  Você como jornalista/assessor, em algum momento teve que manipular ou esconder, algum tipo de informação?
R- Algo que você divulga ou não divulga dentro da visão de governo é preciso que você com experiência consiga pesar isso, e até contribuir com outras pessoas, que as vezes tem pouca experiência, e mostra que as vezes é mais vantagem você divulgar, tratar sem escândalos do que você esconder a verdade. “Dizei a verdade e ela vos transformará” é a frase celebre de São Tomás de Aquino.  Não há porque esconder, depois ela surgi e vai te punir duas vezes.

P- Como você enxerga a impressa brasileira atualmente? Você acredita que ela é ética?
R- A nossa imprensa tem melhorado muito, eu tenho constado isso. quando eu estagiei nos anos. Quando eu era estagiário nos anos 80 era uma “desgraça” a corrupção na redação, era como na politica hoje. Havia uma coisa de corrupção, eu diria que até despudorada nas redações. O que melhorou muito, e deve-se isso as universidades. De modo geral eu considero que os órgãos de imprensa tem feito uma boa cobertura.   

P-Você não acha a imprensa hoje trabalha de uma forma padronizada, os veículos abordando sempre o mesmo assunto, da mesma maneira?     -
R- A imprensa mundial tem uma grande diferença da nossa que é o que chamamos de oficialismo, os países existem sem que o objeto central da cobertura seja o governo nas suas esferas. Aqui a imprensa fica a esperar o bom ou ruim que saia do governo, se hoje acaba o governo no Brasil amanhã acaba imprensa. A uma fixação psicológica nesse ente chamado governo que nivela todo mundo.  

P- Qual perfil profissional vocês procuram para atuar nessa área de politica?
R- A gente procura montar equipes com pessoas que conheçam tecnicamente o que precisamos fazer, que tenha experiência no processo de campanhas. Precisa-se de uma pessoa pronta e que passa obviamente por uma analise de confiança, pois se trata de algo estratégico e absolutamente decisivo para uma campanha que é a comunicação. E na politica a comunicação é tudo absolutamente tudo.   

 P- Com os avanços tecnológicos outros meios foram surgindo, a exemplo dos blogs, como é a relação da prefeitura com esses novos meios de comunicação? 
R- Nós procuramos profissionalizar os dois lados, tanto do ponto de vista noticioso como no comercial. É preciso fazer um esforço pra que elas não se confundam nem na perspectiva da empresa nem do governo. Tratando de forma igualitária e cadastrando a todos e enviamos todo o material de forma a não descriminar ninguém. Os princípios são profissionalização e seriedade nessa relação.

P- Você já teve algum problema com blogs da região, no que diz respeito a informações publicadas de forma distorcida?
R- Divergências sempre há, e vai haver todos os dias. A abordagem é o fundamental, quando achamos necessários nós vamos sentar conversar de forma madura, fazer a minha “choradeira”. Tudo de forma profissional, como se dá naturalmente entre o governo e a imprensa.

P- Nesse contexto de manter um dialogo maduro e igualitário com as mídias, um episodio de grande repercussão aqui na região foi a dois anos, quando você discutiu com um estudante de jornalismo Danilo, no Blog do Geraldo José. Como você diz que trata todos de maneira igualitária e tratou Danilo de forma inferior pelo fato dele ser estudante?   
R- O que eu disse foi que lidar com números era difícil, o rapaz era um estudante não ouviu um
especialista e fez uma leitura contraria dos dados puxando a cidade para baixo, a internet é para o mundo e a pessoa tem responsabilidade pelo que publica. Nós mostramos uma pesquisa falando sobre os avanços e ele leu ao contrario dizendo que aqui era o pior lugar para se viver. A questão é: quem não quer se molhar não saí na chuva. Entra no debate atacando vai receber a resposta no mesmo tom.





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